sábado, 30 de março de 2013

Lindbergh é campeão de inquéritos no STF.


O senador Lindbergh Farias (PT-RJ), pré-candidato a governador do Rio de Janeiro, é investigado pelos crimes de corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro no período em que foi prefeito de Nova Iguaçu, entre 2005 e 2010. A informação foi publicada pela Revista Época desta semana, baseada em denúncias do PMDB, partido do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.
Segundo a reportagem, há um inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal) na qual ele responde pelas acusações. Ainda de acordo com a revista, a base da investigação são dois depoimentos prestados ao Ministério Público Estadual pela ex-chefe de gabinete da Secretaria de Finanças de Nova Iguaçu Elza Elena Barbosa Araújo.
Ela afirma que, em 2005, Lindbergh montou um esquema de captação de propina entre empresas contratadas pelo município. O valor podia chegar a R$ 500 mil por contrato. O dinheiro, segundo Elza, chegava à sala da secretaria em bolsas e maletas trazidas por empresários. Depois, a grana era usada para quitar despesas pessoais do então prefeito Lindbergh, o ‘Lindinho’, como era conhecido entre as eleitoras da Cidade.
O Tribunal de Justiça do Rio autorizou a quebra de sigilos relativa ao período de junho de 2004 a junho de 2008. Um ano depois, em 2009, a Justiça estendeu a medida aos cartões de crédito e aplicações em Bolsas de Valores.
De acordo com o desembargador Alexandre Varella, os extratos dão sustentação às acusações. Varella afirmou que o pedido do Ministério Público Estadual não tinha como base apenas os depoimentos da ex-funcionária. Segundo ele, foram convocadas testemunhas que confirmaram a presença de pessoas por ela mencionadas na prefeitura, como os portadores das “malas com dinheiro”.
 
Lindbergh se diz vítima de “covardia” - Em resposta à Revista Época, o ex-prefeito e senador da República Lindbergh Farias disse que foi vítima de uma violência e de uma covardia. “Quebraram o sigilo de toda a minha família e até de meu pai, morto há mais de 17 anos. Fizeram uma devassa em minha vida e de minha família. Não vai aparecer nada”, desafia o petista. Os advogados de Lindbergh negam qualquer esquema de corrupção ou repasse de dinheiro às empresas da família.

Lindinho é o senador mais investigado
Segundo matéria publicada pelo site Congresso em Foco, o ex-líder dos “caras-pintadas” responde a mais de 15 investigações no Supremo, mais do que qualquer outro senador. Como Lindbergh Farias, outros três presidentes de comissão no Senado também são alvo do tribunal. Duas décadas após liderar o movimento dos “caras-pintadas”, que pressionou pelo impeachment do então presidente Fernando Collor, o ex-líder estudantil Lindbergh Farias (PT-RJ) tornou-se o senador com maior número de investigações no Supremo Tribunal Federal (STF). Pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro, o novo presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) – uma das mais poderosas e de maior visibilidade da Senado – responde a 15 inquéritos (fase preliminar de investigação) e uma ação penal na mais alta corte do país. Quatro dessas investigações chegaram ao Supremo neste ano.
Réu em processo em que é acusado de reter dados técnicos para propositura de ação civil pública, ele responde a inquérito por crimes de responsabilidade, contra o sistema financeiro, quadrilha e corrupção. Mas são as infrações à Lei de Licitações as suspeitas mais recorrentes contra o senador. Elas se repetem em 11 inquéritos. Todos os casos remetem à passagem de seis anos de Lindbergh pela prefeitura de Nova Iguaçu (RJ), município da Baixa Fluminense com 800 mil habitantes. Dos 11 senadores que presidem comissões permanentes no Senado, quatro devem explicações ao Supremo. Além de Lindbergh, também são investigados no tribunal Zezé Perrella (PDT-MG), da Comissão de Ciência e Tecnologia; Blairo Maggi (PR-MT), da Comissão de Meio Ambiente e Defesa do Consumidor, e Fernando Collor (PTB-AL), da Comissão de Serviços de Infraestrutura.

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