Não perdi muito do meu tempo para assistir a estreia da seleção brazuca ontem na badaladíssima Copa das Confederações. E, do que assisti, o estádio, a bola, o gramado e os gols foram o que me chamaram menos a atenção.
Na verdade, me chamou a atenção a resposta de um torcedor ao ser questionado pelo repórter - se me lembro bem, da ESPN - sobre o valor pago pelo ingresso. Sem nenhum constrangimento, a até com um certo orgulho de si, ele disse ter gastado pouco mais de R$ 260 (!)
Me soa como uma afronta ouvir que no Brasil, onde a maior parte da população sobrevive com um salário mínimo, o ingresso para uma partida de futebol, o esporte mais 'popular' do país, custe quase 50% dos míseros R$ 678 que o povão recebe mensalmente. E pior, sendo encarado com naturalidade por uma minoria, como o torcedor em questão.
Bom, como sempre, a seleção canarinho não me representa, e permanecerei não curtindo a escolha do Brasil como sede de Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos. Um país sem saúde e educação dignas, não merece, de forma alguma, ser contemplado com eventos dessa magnitude.
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